terça-feira, 25 de maio de 2010

Voe mais alto!


Logo após a Segunda Guerra Mundial, m jovem e audacioso piloto inglês experimentava o seu
frágil monomotor numa arrojada aventura ao redor do mundo.
Pouco depois de levantar vôo de um dos pequenos e improvisados aeródromos da India, ouviu um estranho ruido que vinha de trás do seu assento.
Percebeu logo que havia um rato a bordo e que poderia, roendo a cobertura de lona,
destruir seu frágil avião.
Poderia voltar ao aeroporto para se livrar desse incômodo, perigoso e inesperado passageiro.
Lembrou-se contudo, de que os ratos não resistem a grandes alturas.
Voando cada vez mais alto, pouco a pouco cessaram os ruidos que quase colocaram
em perigo sua viagem.

Moral da História:

Se o ameaçarem destruir por inveja, calúnia ou maledicência...

Voe mais alto!

Se o criticarem sem razão...

Voe mais alto!

Se você sofre injustiças...

Voe mais alto!

Lembre-se de que
os "ratos" não resistem
a grandes alturas.

METADE

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

( Oswaldo Montenegro )

sábado, 15 de maio de 2010

Atire a Primeira Flor


Quando tudo parece caminhar errado,
seja você o primeiro passo certo.

Se tudo parece escuro, se nada puder ser visto,
acenda a primeira luz.

Traga para a treva, você primeiro,
a pequena lâmpada.

Quando todos estiverem chorando,
tente você o primeiro sorriso,
Não na forma de lábios ardentes,
Mas na de um coração que compreenda,
de braços que confortem.

Se a vida inteira for um imenso não,
parta você na busca do primeiro sim,
Ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.

Quando ninguém souber coisa alguma,
é você mesmo, Corrigindo-se a si mesmo.

Quando alguém estiver angustiado na procura,
observe bem o que se passa.

Talvez seja em busca de você mesmo
que este seu irmão esteja.

Quando a terra estiver seca,
que sua mão seja a primeira a regá-la.

Quando a flor estiver murcha,
seja a primeira a separar o joio,
a arrancar a praga, a afastar a pétala, a acariciar a flor.

Se sua porta estiver fechada,
de você venha a primeira chave.

Se o vento sopra frio,
que seu calor humano seja a primeira proteção
e o primeiro abrigo.

Se o pão for apenas massa, e não estiver assado,
seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.

Não atire a primeira pedra em quem erra,
de acusadores o mundo está cheio.

Nem, por outro lado, aplauda o erro.

Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu,
dê sua atenção primeiro para mostrar o caminho de volta,
compreendendo que o perdão regenera,
que é a compreensão edificada, que o possibilita,
e que o entendimento reconstrói.

Toda escada tem um degrau,
para baixo ou para o alto.

Toda estrada tem um primeiro passo,
para frente ou para trás.

Toda vida tem um primeiro gosto de existência ou de morte.

Atire pois, você, com ternura e vontade de entender,
quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor…

Castelo de Areia


Num dia de verão, estava na praia, observando duas crianças brincando na areia.
Elas trabalhavam muito, construindo um castelo de areia, com torres, passarelas e passagens internas.
Quando estavam quase acabando, veio uma onda e destruiu tudo, reduzindo o castelo à um monte de areia e espuma.
Achei que as crianças cairiam no choro, depois de tanto esforço e cuidado, mas tive uma surpresa.
Em vez de chorar, correram para a praia, fugindo da água, Sorrindo, de mãos dadas e começaram a construir outro castelo…
Compreendi que havia recebido uma importante lição:
Gastamos muito tempo de nossas vidas construindo alguma coisa.
E mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá vir e destruir o que levamos tanto tempo para construir.
Mas quando isso acontecer, somente aquele que tem as mãos de alguém para segurar, será capaz de dar uma reviravolta !!!.

Tudo é feito de areia;

Só o que permanece é o nosso relacionamento com as outras pessoas.

Como as ostras




Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas.

Pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior das ostras, como um parasita ou um grão de areia.

Na parte interna da concha é encontrada uma substância chamada nácar.

Quando o grão de areia penetra as células do nácar, estas começam a trabalhar e a cobrir o grão com camadas para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado,

uma linda pérola vai se formando ali no seu interior.

Uma ostra que nunca foi ferida nunca vai produzir pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? Já foi acusado de ter dito coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas?

Já sentiu duros golpes de preconceito? Já recebeu o troco da indiferença?

Então, produziu uma pérola.

Cubra suas mágoas com várias camadas de amor.

Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de sentimento.

A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com sentimentos pequenos, não permitindo que cicatrizem.

Assim, na prática, o que vemos são muitas ‘ostras vazias’, não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Fabrique pérolas você também!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Milho de Pipoca

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.
Rubens Alves


Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora:
perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro:
pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!
Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela,
lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou:
vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma,
ela não pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece:
BUM!
E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente,
algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.

Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva.
Não vão dar alegria para ninguém.

Unidade


domingo, 9 de maio de 2010

Pela luz dos olhos teus

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.

Vinícius de Moraes

Indescritível Amor


Quisera te contar,
quisera descrever este amor indescritível,
mas não posso, não posso...

Estou impregnada de ti corpo e alma.
Não há separação, há fusão.
Mistura que não se desfaz.

Amo, como jamais pensei ser capaz.
Onde eu começo, e onde termino?
Não sei, não há começo, não há fim.
Não sou mais dona de mim.
Rendo-me a ti,
senhor de mim!
Me tocas, e tocas toda minha essência.
Me beijas, e me transportas.
Abro todas as portas e adentras em mim
Me penetras, e eu sou total doação!
Quem sou?
Não sei, não há descrição...
Sou amor,
amor sem definição.
Meu céu, é tua chegada.
Meu inferno, é tua despedida.

Cora Maria

País Tropical ( Jorge Benjor )


Moro...
Num país tropical,
Abençoado por Deus
E bonito por natureza (Mas que beleza!)

Em fevereiro (Em fevereiro)
Tem carnaval (Tem carnaval)
Eu tenho um fusca e um violão,
Sou Flamengo e tenho uma nêga chamada Tereza

"Sambaby", "Sambaby"
Sou um menino de mentalidade mediana (Pois é)
Mas assim mesmo, feliz da vida pois eu não devo nada a ninguém (Pois é)
Pois eu sou feliz, muito feliz comigo mesmo...

Moro...
Num país tropical,
Abençoado por Deus
E bonito por natureza (Mas que beleza!)

Em fevereiro (Em fevereiro)
Tem carnaval (Tem carnaval)
Eu tenho um fusca e um violão,
Sou Flamengo e tenho uma nêga chamada Tereza

"Sambaby", "Sambaby"
Eu posso não ser um Band Leader (Pois é)
Mas assim mesmo, lá em casa todos meus amigos, meus camaradinhas me respeitam (Pois é)
Essa é a razão da simpatia, do poder do algo mais e da alegria...

Moro...
Num país tropical,
Abençoado por Deus
E bonito por natureza (Mas que beleza!)

Em fevereiro (Em fevereiro)
Tem carnaval (Tem carnaval)
Eu tenho um fusca e um violão,
Sou Flamengo e tenho uma nêga chamada Tereza...

"Mor...
No patropi,
Abençoá por Dê
E boni por naturê (Mas que Belê!)"

"Em feverê (Em feverê)
Tem carná (Tem carná)
Eu tenho um fuca um vió
Sou flamen e tenho uma nêga chamá Terê
Do meu Brasil"