domingo, 28 de março de 2010

Osho in A SEMENTE DE MOSTARDA


O principal não é o desapego, mas sim a compreensão.
Procure compreender toda esta loucura:
o que fez a si mesmo, o que permitiu que lhe tivesse acontecido, o tipo de contradições que tem vindo a acumular.
Observe tudo isso sem juízos de valor, sem condenações, sem tomar partidos.
Observe apenas.
Não se esconda, não se ofenda, não julgue, não diga “Isto é bom, aquilo é mau”.
Não avalie. Não seja juiz, mas apenas um observador imparcial, uma testemunha.
Observe-se.
Permita-se conhecer-se.
Independentemente do caos e da fealdade, veja-se como é.
Subitamente, começa a compreender, e é essa compreensão que produz o desapego.
Nesse instante, consegue compreender que ser contra ou a favor é absolutamente
inútil e impossível.
Perante a impossibilidade você movimenta-se.
Não há lugar a uma escolha mental, a nenhum esforço.
Sempre que existe compreensão, o esforço não está presente.
E a ausência de esforço é beleza pura, pois é inerente ao todo.
O esforço pressupõe a existência mais ou menos profunda de uma luta contra alguma coisa.
(…)
Uma pessoa totalmente íntegra é aquela que não tem inimigos
nem amigos, é aquela que não escolhe, nem possui inclinações por estes ou por aqueles, que simplesmente se movimenta em cada momento com uma consciência liberta de escolhas, aceitando tudo o que a vida lhe traz.
Uma pessoa totalmente íntegra, flutua, não nada.
Não luta, mas flui.
(…)
Quando apenas se é, surge a liberdade:
a liberdade dos amigos, dos inimigos,
das posses e da ausência delas;
a liberdade deste mundo e do outro,
da matéria e da mente,
de todas as escolhas e divisões.

Quando se é, abandona-se
o impossível.

Sem esforço.

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